A otimização das tarifas de alta velocidade
25/5/2016
As tarifas cobradas aos viajantes têm um forte impacto nos resultados financeiros e económico-sociais da infraestrutura de alta velocidade. Este impacto é explicado pela forte relação entre a tarifa e o número de viajantes: tarifas menores pressupõem um maior número de viajantes e, como tal, um maior benefício económico-social, mas maiores custos e, consoante o caso, maiores ou menores receitas e benefícios financeiros.
É possível demonstrar que existe uma e só uma tarifa que produz um máximo de receitas e que existe uma tarifa (maior ou igual à anterior) que leva ao máximo do resultado financeiro, enquanto o resultado económico-social melhora sempre ao reduzir a tarifa.
Existe uma tarifa ideal que é a que permite o ajuste aos objetivos sobre os quais se construiu a infraestrutura (normalmente a maximização do benefício económico-social sujeito a uma restrição do resultado financeiro).
A questão que se coloca neste artigo é como conseguir na prática que o operador aplique esta tarifa que é ideal para o sistema.
Num sistema integrado em que o gestor da infraestrutura e o operador são a mesma empresa, a tarifa fixada será a ideal. Não obstante, se houver separação vertical (e, portanto, taxa), o ideal só será alcançado se a estrutura da taxa corresponder exatamente à estrutura de custos do gestor da infraestrutura. Se forem transferidos custos fixos com taxas variáveis que aumentam com a produção, o operador aumentará o preço acima do ideal, baixando o número de viajantes e a oferta, e o gestor da infraestrutura também vê os seus resultados reduzidos, portanto, o sistema afasta-se do seu ideal.
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