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O efeito perverso da predeterminação da tarifa na análise de custobenefício de novas infraestruturas de alta velocidade

19/10/2015

Autor/es: Alberto García Álvarez, Ignacio González Franco, Álvaro Rubio García

A tarifa aplicada aos passageiros tem uma influência muito importante no resultado socio-económico e financeiro de uma linha de alta velocidade. De facto, é a segunda variável com maior incidênciano resultado, depois do valor do próprio investimento. Neste artigo, analisam-se os efeitos na procura, na receita e nos resultados devido a variações da tarifa. Conclui-se que a rentabilidade socio-económica aumenta praticamente sempre que se diminui a tarifa, enquanto a rentabilidade financeira atinge um máximo para um determinado valor da tarifa, acima e abaixo do qual se obtêm valores menores. No caso exemplificado, duas tarifas que diferem 24% entre si conduzem ao mesmo resultado financeiro, enquanto o resultado socio-económico obtido com a tarifa mais baixa quase duplica o da mais alta.
 
Como consequência, é realizada uma reflexão sobre o caracter dos dados que se introduzem nas análises custo-benefício. Destaca-se que existem algumas variáveis potencialmente geríveis em fase de planeamento às quais não deveria ser atribuído um caracter predeterminado, mas que deveriam ser objecto de optimização. A tarifa não deve ser objecto de um tratamento estocástico, na medida em que não deve ser deixada ao acaso. Deve procurar obter-se a tarifa que optimiza o resultado pretendido (normalmente, a maximização do benefício socio-económico sujeito a uma determinada restrição no resultado financeiro) e dessa forma seguramente melhorar o balanço para a sociedade.

Palavras ­Chave: Análise Custo-benefício; alta velocidade; preços; tarifas; elasticidade; regulação de preços.

Publicação: 360.revista de alta velocidade Nº 3 - Outubro 2015, pp. 3-18

 

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